Apesar da pouca idade, o pequeno Frédéric conhece as agruras da vida. Depois de quase virar anjo na maternidade, defrontou médicos algumas vezes: ao enfiar a cara no poste, hipnotizado pela beleza da mocinha do circo, ou quando operou os bagos, que haviam se esquecido de descer. Felizmente, ele é um rapaz de fibra, feito seu avô Brolino, imigrante italiano que, fugindo a pé dos fascistas, estabeleceu-se em uma pequena cidade nos Alpes franceses. Graças a isso e a seu bom humor, Fredô tira de letra as esquisitices dos professores (da flatulenta senhora Putraque ao irritadiço senhor Castanholas), é solidário com colegas (como Jojô, espancado pelo pai), vizinhos (tipo o melancólico senhor Grudim) e familiares (como a avó, atingida pelo Alzheimer). Fascinado por esqui, alpinismo e pelas canções de Plastic Bertrand, ele nos faz experimentar as sensações de um pré-adolescente sob a avalanche de descobertas dos anos 1970.
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