Em A Primeira Guerra Mundial, o historiador Martin Gilbert se debruça sobre o conflito que mudou o mundo, matou milhões de pessoas, destruiu quatro grandes impérios e alterou definitivamente o panorama geopolítico da Europa e do Oriente Médio. Mais do que isso, legou à humanidade novas tecnologias de morte – tanques, aviões, submarinos, metralhadoras, artilharia de campo, gás venenoso, armas químicas. Era a guerra para acabar com todas as guerras. Começou às onze e quinze da manhã, em 28 de junho de 1914, em Sarajevo, e se encerraria oficialmente quase cinco anos depois. Até hoje, no entanto, vivemos muitos dos horrores que ali nasceram: a Primeira Guerra Mundial nunca terminou. Entre 1914 e 1918, se desenrolaram duas guerras muito diferentes. Em consequência de ocupações, bombardeios, fome e doenças, mais de nove milhões de militares e cinco milhões de civis foram mortos. Porém, paralelamente ao conflito em que o sofrimento individual e a angústia atingiram uma escala gigantesca, em particular nas trincheiras da linha de frente, houve o embate de gabinetes, soberanos, propagandistas e idealistas que, repletos de ambições e ideais políticos e territoriais, determinaram o futuro e impérios, nações e povos de modo tão contundente quanto no campo de batalha. Tudo passou por uma enorme transformação: os códigos de comportamento, a literatura, as distinções de classe...
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